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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"Batismo de Sangue"

Imagem extraída de cameralenta.com
Este é mais um filme sobre os horrores da Ditadura Militar no Brasil. Baseado no livro de mesmo nome, escrito por Frei Betto, o filme narra a ação dos frades dominicanos no combate a ao regime ditatorial.
No final dos anos 1960, a Ditadura Militar mostra sua fase mais cruel e desencadeia uma perseguição implacável aos opositores do regime, sobretudo após a o Ato Institucional Nº5 (AI5), que dava amplos poderes ao presidente da república.
Neste período, na cidade de São Paulo, os frades dominicanos passam a dar apoio a Ação Libertadora Nacional, que tinha como principal liderança Carlos Marighella.
O filme passa pelas ações dos dominicanos, pelo congresso da UNE onde foram presos vários estudantes, pela dispersão dos frades, pela tortura de alguns deles, e pela morte de Marighella. 
Mais que uma narrativa de cunho histórico e político, o filme tem o mérito de entrar nas nuances psicológicas de um torturado e de tentar expor as sequelas deixadas naqueles que sentiram a violência dos torturadores. Sequelas tão fortes que culminaram com o suicídio de Frei Tito, no filme interpretado por Caio Blat.
Este filme é uma ótima pedida pra quem se interessa sobre a temática da Ditadura Militar no Brasil.

Imagem extraída de cameralenta.com


Direção: Helvécio Ratton.
Ano: 2006.
Gênero: drama.

domingo, 17 de novembro de 2013

"Clube da Luta"

Imagem extraída de colunalimite.blogspot.com.br
Jack tem um emprego estável e uma vida sem sentido. Está cansado da mediocridade de sua vida , em um trabalho sem graça. Além disso, uma crise de insônia o atormenta. A partir de então ele passa a frequentar diferentes grupos de ajuda onde conhece Marla Singer.
Tudo muda até criar o Clube da Luta. O objetivo do Clube é simples: te fazer sentir-se vivo. Dar emoção e sentido a vida. 
Em pouco tempo, o Clube da Luta ganha cada vez mais adeptos. Homens comuns, com vidas simples mas que encontram no Clube um novo sentido para continuar vivendo. O sentimento de pertença a um grupo reforça a autoestima de homens que, até então, se sentiam insignificantes em seus contextos de vida. 
No Clube da Luta eles se encontram e extravasam todas as tensões do dia a dia. Melhor que todos os grupos de ajuda que Jack frequentava anteriormente para se sentir melhor e sanar sua crise de insônia. 
O filme questiona o modo como temos levado nossas vidas. Em empregos que não gostamos, para pagar contas e comprar coisas que, no fundo, não precisamos. É uma crítica bem bolada à sociedade capitalista. Põe frente a frente "consumismo X necessidade". 
O filme é uma adaptação de um livro de mesmo nome, de autoria de Chuck Palahniuk. O longa te força a essa reflexão: Você está feliz com a vida que tem?
É uma boa pedida para quem quer largar tudo e experimentar a liberdade. Péssimo filme pra quem tem que acordar numa segunda-feira de manhã e encarar o trabalho. Se assistir, pode ser que você falte...


Imagem extraída de www.fanpop.com

"Só quando perdemos tudo é que estamos livres para fazermos qualquer coisa". Chuck Palahniuk.


Título original: "Fight Club".
Direção: David Fincher 
Ano: 1999
Gênero: suspense, drama, ação.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Constantine": dos quadrinhos para as telas de cinema.

Imagem extraída de www.imagensgratis.com.br 
Como num jogo, Deus e o diabo disputam a consciência dos humanos. Entre nós vivem híbridos que tentam influenciar nossas atitudes e nos trazer para um dos lados. 
No entanto, o equilíbrio entre as forças foi quebrado, pois Mammon, o filho do diabo, está tentando atravessar para cá e tomar o lugar de seu pai. Mammon possui a lança do destino, que matou o filho de Deus mas ele ainda precisa de uma paranormal poderosa para concluir seu plano.
Angela Dodson é uma policial que procura a ajuda de John Constantine para tentar compreender a morte da irmã.
John Constantine é um exorcista responsável por mandar de volta ao inferno vários demônios que tentam atravessar para o nosso mundo. Fumante compulsivo e prestes a morrer por isso, Constantine sabe que seu destino será o inferno, já que é um suicida.
Constantine tentará impedir Mammon e ajudar Angela, para, quem sabe, obter sua salvação.
Baseado na história em quadrinhos "Hellblazer", Constantine é uma criação de Alan Moore, Stephen Bissette e John Totleblen . 
Este é um dos meus filmes favoritos...

Título original: "Constantine".
Direção: Francis Lawrence.
Ano: 2005.
Gênero: terror, aventura, ação.

domingo, 3 de novembro de 2013

"O Ditador"

Imagem extraída de omelete.uol.com.br
Aladeen é o ditador excêntrico que governa Wadiya. Ferrenho opositor da democracia, sempre fez de tudo para mante-la longe de seus domínios. Acusado de estar criando armas nucleares, é chamado pela ONU a se retratar. No entanto, ao chegar nos EUA é vítima de um golpe e substituído por um sósia idiota que, manipulável, está prestes a tornar Wadiya uma nação democrática através de uma nova constituição.
Sua missão agora é arrumar um jeito de reassumir o poder e impedir que a democracia chegue a Wadiya. Para isso contará com a ajuda de Zoey, uma estereotipada militante de esquerda que tem uma loja de produtos naturais, é feminista e não se depila, e Nadal, um dos seus cientistas que ele havia mandado executar.
O filme brinca com o esteriótipo de líderes como Kadafi, trazendo a visão de um governante que ostenta seu poder e faz o que quer. Onipotente, Aladeen chega a mudar várias palavras do vocabulário de Wadiya para "aladeen" e ainda cria suas próprias olimpíadas.
É interessante observar as visões estereotipadas  sobre a política de outros países e também sobre a democracia norte-americana. O filme tem o mérito de tocar em questões políticas bem atuais.
Com sacadas inteligentes, "O ditador" vai garantir boas risadas.

Bom "aladeen" a todos!


Título original: "The dictator".
Direção: Larry Charles.
Ano: 2012.
Gênero: comédia.

Primeiras 1000!

 Chegamos em nossas primeiras 1000 visualizações no blog!!!
Obrigado a todos que têm nos acompanhado. E rumo as próximas 1000!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Zuzu Angel - Sobre moda e ditadura.



Zuzu Angel é um filme delicado, complicado de avaliar sobre alguns aspectos. Como atriz que interpreta Zuzu temos Patrícia Pillar.
Temos o desaparecimento de um garoto classe média, filho da proeminente estilista Zuleika Angel Jones, personagem central do filme, chamado Stuart Edgar Angel Jones, que é morto pela ditadura militar, mais precisamente o Centro de Informações da Aeronáutica.
A trama se passa em torno da procura de Zuzu pelo corpo do filho, pela verdade que os militares teimam em esconder, sabemos todos que inúmeros presos políticos da época da ditadura desapareceram para sempre e nunca se soube quem foram os responsáveis pelas mortes, quando ou onde as mesmas ocorreram.
Zuzu que era uma estilista famosa, passa a usar sua moda como objeto de protesto, criando uma coleção inteira expressando o engajamento dela em busca da verdade sobre seu filho. Ela que era conhecida por uma moda tipicamente brasileira, recheada de tropicalismos, cores e frutas, passa a conceber uma coleção onde se vê o contraste do branco com vermelho e símbolos de opressão, como pássaros engaiolados, grades e um anjo, símbolo característico de sua moda, agora amordaçado.


O filme mostra de forma um tanto quanto suave a tortura e opressão sofrida pelos presos políticos no período da ditadura, focando mais na dor da mãe do que de fato no filho e seu cárcere. É um bom filme, por ser uma história real e nos passa desconhecida, nosso infeliz recente genocídio brasileiro.
Nota: Zuzu era conhecida de Chico Buarque, que escreveu uma música chamada Angélica sobre ela.


O que de real aconteceu a Stuart não se sabe, o que se conhece como mais confiável é o relato de Alex Polari, ex-guerrilheiro que acompanhou de sua cela a torturas que Stuart foi submetido assim como ele, em busca de informações sobre Lamarca, líder dos subversivos ao regime. Ambos, Stuart e Alex foram mortos pelo regime militar em 1971.
Detalhe também para Elke Maravilha, que era modelo e amiga de Zuzu e foi presa ao rasgar um folheto onde o rosto de Stuart aparecia como procurado em um aeroporto. A real Elke aparece cantando no filme ao lado da personagem representada por Luana Piovani.


Gênero: Drama
Direção: Sérgio Rezende
Roteiro: Marcos Bernstein, Sérgio Rezende
Elenco: Antônio Pitanga, Daniel de Oliveira, Elke Maravilha, Leandra Leal, Luana Piovani, Nelson Dantas, Patrícia Pillar, Paulo Betti
Produção: Joaquim Vaz de Carvalho
Fotografia: Pedro Farkas
Trilha Sonora: Cristóvão Bastos

domingo, 27 de outubro de 2013

"A conquista da honra"

Imagem extraída de filmesdeguerra.wordpress.com
 A trama se desenvolve a partir dos relatos dos ex-combatentes. O contexto é a Segunda Guerra Mundial. Estados Unidos e Japão estão em confronto. Os norte-americanos tentam tomar a ilha japonesa de Iwo Jima, ponto estratégico para um posterior avanço sobre o Japão. Depois de muitos mortos e feridos, os norte-americanos conseguem chegar ao topo do monte Suribachi, e lá hasteiam a bandeira dos Estados Unidos da América. Posteriormente, troca-se a bandeira e o momento da troca é registrado em uma fotografia; momento simples, sem nenhuma conotação de heroísmo. A fotografia corre os EUA como um símbolo da vitória norte-americana, fazendo renascer as esperanças populares, deixando entrever o fim da guerra.
Além de ser um ato destituído de heroísmo, muitos dos combatentes registrados na imagem estão mortos. O governo norte-americano buscará se beneficiar do momento de euforia despertado pela imagem tentando arrecadar dinheiro para continuar a ofensiva.
Três jovens, tomados os responsáveis pelo hasteamento saem das linhas de combate para alavancar as arrecadações. Tidos como heróis, eles sabem que, além da banalidade do ato de troca da bandeira, nenhum deles está presente na foto.
Uma questão se impõe: acabar com a farsa em honra à memória dos combatentes mortos e que, de fato, estavam na foto, ou continuar com ela e salvar a vida de outros camaradas que continuam no fronte?
Um dos pontos positivos do filme é justamente questionar a figura do herói. Tidos como postadores de todas as qualidades desejáveis (coragem, bravura, etc.), de fato existem? Outra questão interessante é sobre o poder das imagens. Como elas podem nos persuadir através dos múltiplos significados atribuídos a elas.

"A Conquista da honra" é um filme de guerra com algo mais. É uma boa pedida pra quem gosta do gênero.

Imagem extraída de outracoisa.com.br




Título original: "Flags of our fathers"
Direção: Clint Eastwood
Ano: 2006
Gênero: guerra

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Valsa para Bruno Stein.

Imagem extraída de msantuario.blogspot.com.br
Bruno Stein é um velho homem que lutou na 2ª Guerra Mundial e hoje vive no Brasil. Conhecido por ser um homem rude, as coisas começam a mudar após a chegada de Gabriel, novo empregado de sua fábrica de tijolos artesanais.
Em sua casa estão sua esposa, seu filho caminhoneiro e suas netas.
Stein se dedica a fazer estátuas de barro e sobre elas deposita as angústias de um homem que vê-se próximo ao fim da vida.
Em sua mente, um conflito moral se desenha após ter visto sua nora (Valéria) nua. Desejo e culpa o corroem.
Bruno Stein personifica um  patriarca autoritário, de uma pequena família rural. Seu lado "durão" contrasta com a sensibilidade dos conflitos que se desenham em sua mente.
Baseado no livro de mesmo nome, o filme tem um roteiro simples e te convida a entrar na sensibilidade de um homem que é, ao mesmo tempo, autoritário e sensível.
Particularmente, não achei nenhuma das atuações incríveis, ainda que Bruno Stein seja vivido por Walmor Chagas e que a personagem Valéria tenha rendido à Ingra Liberato o Kikito de Melhor Atriz.

Este filme é um ótimo teste à nossa sensibilidade.


Direção: Paulo Nascimento.
Ano: 2007.
Gênero: Drama.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Livros novos!

Livros novos!
Fui presenteado com dois livros que há muito eu queria. Presente de aniversário atrasado, foi uma grata surpresa preparada pela Stefânia!
São eles: "O diário de Anne Frank", um clássico da literatura mundial mas que eu ainda não li, e " Inferno", de Dan Brown, autor que gosto bastante.
Em breve teremos posts sobre eles.
Cheirinho de livro novo...
Bom café!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Machete... Entre a comédia e a ação.


Este é um filme que foge aos padrões.
Machete é um longa que, na minha opinião, orbita entre estes dois gêneros do cinema: comédia e ação. Ele é claramente um filme de ação, não há dúvida quanto a isso. Mas são justamente as cenas de ação que possibilitam boas risadas desde o princípio do longa.
As cenas são totalmente escrotas, envolvendo cabeças que rolam e sangue jorrando pra todo lado. O filme não se esforça para ser bom. Não quer ser uma obra-prima do cinema, pelo contrário. As cenas não têm a menor preocupação em "fazer sentido". O que você diria sobre saltar pela janela de um prédio pendurado pelo estômago de alguém?
Talvez um dos pontos mais engraçados seja quanto ao protagonista. Danny Trejo finalmente sai da eterna posição de figurante e torna-se  protagonista. Mas ainda continua sem muitas falas...
Perdido entre a comédia e a ação, a trama toca num ponto importante que é a questão da imigração na fronteira entre o México e os EUA. Reside aí um dos pontos mais que positivo do filme.
O elenco não decepciona, contando com Steven Seagal, Robert De Niro, Jessica Alba, Lindsay Lohan, Michelle Rodriguez e outros.
Sem mais, encerro aqui. Afinal... "Machete don't text"





Título original: "Machete".
Direção: Robert Rodriguez.
Ano: 2010.
Gênero: ação.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

The Notebook, meu clichê de coração.



Há filmes que servem para determinado propósito, seja adquirir a adrenalina de um filme de ação cheio de efeitos especiais, chorar litros com dramas históricos baseados em fatos reais, relaxar e rir com uma boa comédia ou, como no caso do filme que nomeia o post, rechear nossos corações descrentes com mais puros sentimentos. Confesso que passei tempos por este filme, ainda quando ia na locadora todos fins de semana na esquina da casa dos meus pais, selecionar dois ou três dvds para assistir, sendo esta a melhor opção entre todas as incontáveis fontes de lazer juvenil em uma cidadezinha pequena, e nunca me interessava por ele, creio até que deliberadamente ignorava o pobre filme. Até que um dia por acaso eu resolvi quebrar este tabu e adquiri o tal filme. Resultado: Amor a primeira assistida!
É clichê sim, açucarado, idealizado e tudo mais que nossas mentes românticas femininas secretamente anseiam de vez em quando, ou sempre, quem sabe? Sei que me apaixonei por Noah e Allie, e a ingenuidade do amor de dois jovens na década de 40 (destaque para o figurino maravilhoso do filme). Eles que são de classes sociais distintas, de universos totalmente diferentes, mas que se conhecem quando a família de Allie resolve passar o verão em sua mansão no interior vivem um lindo romance, porém os pais dela ao suspeitar que aquele sentimento poderia ser maior que um simples namoro de verão, logo partem para a cidade grande, a mãe de Allie intercepta as cartas que Noah escreve durante um ano (365 cartas, deleite pras moças sonhadoras), fazendo com que eles pensem que um esqueceu do outro durante anos, mas claro que o filme, em suas reviravoltas mirabolantes fará com que se encontrem novamente. Há inúmeros detalhes lindos no filme, a casa que Noah constrói exatamente como Allie e ele conversaram quando jovens, voltas em uma canoa rodeados de cisnes brancos, juras de amor, intempéries e tudo mais que um bom romance pode oferecer.
Há também o livro, que na verdade é a origem do filme, de mesmo título, autoria de Nicholas Sparks, super conhecido autor de romances que viram filme, como Meu querido John (lindo), Um Amor pra Recordar (lindo) e Safe Heaven (meio, meio). O livro, na minha opinião, não é metade do que é o filme, caso raro. Talvez dada a ótima atuação de Rachel McAdams e Ryan Gosling e ainda mais dos maravilhosos Gena Rowlands e James Garner, que interpretam o casal quando idosos. Rachel e Ryan inclusive se apaixonaram na "vida real" e namoraram durante um bom tempo. 
Bem, pra quando a alma da gente chora por um pouco de romance ideal, lindo, quase um conto de fadas, este filme certamente cai como uma luva!



Título Original: The Notebbok
Ano de lançamento: 2004
Título nacional: Diário de uma Paixão
Gênero: Drama, romance
Direção: Nick Cassavetes
Nacionalidade: EUA

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"O ano em que meus pais saíram de férias" Futebol e Ditadura no Brasil dos anos 70.



Este é um dos meus filmes favoritos e, pelo menos para mim, um dos melhores filmes nacionais.
A trama se desenvolve no ano de 1970, durante o período da Ditadura Militar. Mauro é um menino de 12 anos, filho de militantes de esquerda. Seus pais, com medo da repressão imposta pelo regime ditatorial, resolvem "tirar férias" por tempo indeterminado. Assim sendo, Mauro se vê obrigado a se separar dos pais e passa a viver no Bom Retiro, bairro de São Paulo. Ele será deixado com seu avô, mas acabará sobre a tutela de Shlomo, um senhor judeu morador do mesmo prédio de seu avô com quem estabelecerá uma relação nem sempre amigável.
O ano de 1970 também é ano de Copa do Mundo. Mauro passará os dias dividido entre a espera pela volta dos pais, a nova realidade que o cerca e a alegria pelo desempenho da seleção brasileira na Copa.
É interessante notar como a mudança na vida do garoto está ligada à conjuntura política do país.
Olhando para a história do país, o final da década de 60 e os primeiros anos de 1970 serão o de maior repressão aos opositores da Ditadura Militar, sobretudo após o AI-5, decreto que aumentou significativamente os poderes do governante. A partir daí o país verá se desenvolver uma perseguição violentíssima aos opositores do regime. Paralelamente, o "milagre econômico", período de crescimento econômico do país (no final dos anos 60 e início dos anos 70), a conquista da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira e outras festividades serão utilizadas pelo governo para sua autopromoção e tentativa de encobrir as ações violentas contra a oposição.
Vale lembrar que os meios de comunicação eram controlados pelo governo, e a atuação da  censurada buscava barrar qualquer propaganda que fossem contra o regime.
 Emocionante, o filme te convida a sentir, de forma lúdica, a dicotomia social de então.
Enfim, é um ótimo filme pra quem se interessa pela temática!
Bom café!




Direção: Cao Hamburguer.
Ano: 2006.
Gênero: drama.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Página no face!

Para quem ainda não sabe, criamos recentemente uma página do blog no Facebook: Café no face!
Curte lá e bom café para todos!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Che, El argentino.




Este filme é uma boa pedida pra quem se interessa sobre a Revolução Cubana, ou sobre a figura do próprio Ernesto Guevara, "El Che".
O filme começa com o encontro, no México, entre os dois homens que seriam as lideranças da Revolução Cubana: Che Guevara e Fidel Castro. 
Antes disso, e que não faz parte da narrativa do filme, Fidel tenta invadir o quartel de Moncada, no dia 26 de julho de 1953. A ação era contra o ditador Fulgencio Batista, que havia tomado o poder através de um golpe militar. Fracassada a tentativa de Fidel e seus companheiros de tomar o poder, este é preso e posteriormente exila-se no México onde encontrará com Che e organizará a Revolução. Durante o convívio no México, um apelo de Che: que a Revolução se estenda para além das fronteiras de Cuba.
A partir deste encontro é que se desenvolve a trama.
A narrativa se desenvolve em dois tempos. Primeiramente, com as cenas de guerrilha traçando o avanço e a postura de Che enquanto guerrilheiro, a adesão popular a luta armada e, algo que é bem interessante de ser observado, o filme faz menção a uma luta paralela a dos revolucionários, que se desenvolvia na cidade, mas também em oposição ao regime de Fulgencio Batista. 
O "segundo tempo" do filme é o das entrevistas concedidas por Che  aos órgãos de imprensa do mundo todo, incluindo um pronunciamento à ONU.
Che é uma figura controversa, amado por muitos e odiado por outros. Sua imagem foi imortalizada  na famosa foto de Alberto Corda.


Guerrillero Heroico, de Alberto Korda.


Título original: "Che: part one".
Direção: Steven Soderbergh
Ano: 2008
Gênero: biografia, guerra.

domingo, 18 de agosto de 2013

Mississipi em Chamas - Mississipi Burning - Sobre ódio e segregação.

O filme se passa em uma pequena cidade do Mississipi, onde membros da  Ku Klux Klan estão perseguindo e matam dois ativistas civis brancos que saiam da cidade com um negro.
Dois agentes do FBI são mandados para investigar a situação e se deparam com uma cidade dividida pelo ódio.
O filme me deixou nervosa, irritada, comovida, triste e impaciente, tudo ao mesmo tempo. Explico: Trata-se de um filme sobre uma pequena cidade do Mississipi, que sistematicamente segrega seus habitantes negros, onde eles tem lugar separado para comer, para tomar água e para morar. Nesta cidade há membros da Ku Klux Klan, que começam a perseguir ainda mais os negros depois que o FBI começa as investigações. O filme é baseado em uma história real, e todos sabemos que nos EUA a segregação racial foi muito forte, principalmente no sul do país. O que no filme é um pouco exacerbado é o heroísmo dos agente do FBI, que segundo relatos, ao contrário do que aponta o filme, eram permissivos com os abusos sofridos pelos negros e há relatos de que assistiram a espancamentos na rua sem ao menos interferir. 
O que choca é a brutalidade, eu como negra, fico pasma com tamanho ódio, com o tanto de sofrimento que estas pessoas eram submetidas constantemente, como animais, morando em casebres afastados, condenados a pobreza e ao descaso. Uma frase do filme descreve bem o sentimento de ambos os lados: 
“Você não nasce com o ódio. Ele é ensinado. E, aos sete anos de idade, depois de usarem até a Bíblia para justificar, você acredita em tudo que disserem.”


Depois de uma vida sendo tratado como inferior, não é difícil acreditar que você realmente é. 



Premiações:

Oscar 1989 (EUA)
Venceu na categoria de Melhor Fotografia.
Indicado nas categorias de Melhor Ator (Gene Hackman), 
Melhor Atriz Coadjuvante (Frances McDormand), 
Melhor Direção, Melhor Edição, 
Melhor Filme do Ano e 
Melhor Som.

Globo de Ouro 1989 (EUA)


Indicado nas categorias de Melhor Diretor - Cinema, 
Melhor Filme - Drama, 
Melhor Atuação de um Ator em Cinema - Drama (Gene Hackman) e 
Melhor Roteiro - Cinema





quinta-feira, 18 de julho de 2013

"Marley & eu" Sobre homens e cães.


Aviso, antes de ler este livro é bom que você tenha espaço em casa, porque certamente você vai terminar querendo ter um cachorro.
O livro traz a história de John Grogan e seu cachorro, apelidado de "o pior cão do mundo". A narrativa passa por todos os momentos de Grogan, desde a infância ao lado do seu cão fiel e comportado "São Shaun". Depois, quando ele conhece sua esposa Jenny, suas profissões, a escolha deles em adotar Marley, passando em seguida pelos filhos, as mudanças de casa e a vida em novas cidades e a atual situação do casal.
Todos os momentos narrados são descritos com a participação de Marley. O livro te convida a um passeio pela vida do autor, mas acompanhando as travessuras do cachorro, as coisas que ele destruiu, o dia a dia de uma família e seu labrador hiperativo.
É um livro com roteiro bem simples. Porém, o que faz deste um livro muito bom é a descrição que Grogan faz das expressões de Marley. Estas descrições são exatamente aquilo que nós imaginamos que os animais estão pensando quando tentamos interpretar determinadas expressões dos bichos. Isso faz com que o livro permita que você imagine a cena descrita e "visualize" o que aconteceu.
É uma linda relação entre o homem e seu cão. Boa parte dos meninos que conheço da minha geração tiveram uma relação parecida, aquele cão que era amigo inseparável. Não consigo ver esta relação nos dias de hoje com tanta intensidade, principalmente nas crianças da cidade.
Para encerrar, o livro apresenta um leitura bem agradável, fluida. Ótima para alguém que vai começar a tomar gosto pela leitura e, porque não, uma amizade peluda.
Existem milhões de Marley querendo alguém e escrever uma linda história juntos. Se deixe adotar!


Título: "Marley & eu: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo".
Autor: John Grogan.
Editora: Prestígio Editorial
Ano: 2006.

sábado, 13 de julho de 2013

"Curtindo a vida adoidado" Um clássico para o Dia Mundial do Rock!!!


Para o Dia Mundial do Rock, a dica de filme não poderia ser outra (talvez pudesse sim). O filme indicado é um clássico, ou pelo menos um clássico da "Sessão da tarde".
"Curtindo a vida adoidado" tem um enredo simples: são três jovens estudantes querendo fazer aquilo que o título sugere, no percurso, entram em várias confusões.
Duvido muito que ainda exista alguém que não tenha visto esse filme. Ainda assim, é um filme que vale ser revisto porque tem uma das cenas de dança mais clássicas da história dos filmes, ao som de "Twist and shout", dos Beatles. Impossível não se animar!

Título original: "Ferris Bueller's Day Off".
Direção: John Huges.
Ano: 1986.
Gênero: Comédia.

domingo, 7 de julho de 2013

"Pra ser sincero, 123 variações sobre um mesmo tema". Um ótimo livro, sobre uma ótima banda.





Este é um ótimo livro! Publicado em 2010 e escrito pelo líder da banda Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger, o livro narra a história da banda ao longo de todos esses anos.
Na verdade, a narrativa começa falando do próprio Gessinger, desde a infância, passando pela relação da família com a música, deles (familiares) com os instrumentos, do surgimento da banda, as diferentes formações, albúns, até chegar ao "Pouca Vogal". 
Você vai perceber, ao longo da narrativa, que é difícil dizer do que trata o livro. Da história da banda Engenheiros do Hawaii ou do próprio Gessinger? Na verdade é impossível desvincular uma coisa da outra, e talvez resida aí um dos baratos do livro. Você se sente um pouco mais  íntimo do escritor/músico.
A narrativa é apresentada cronologicamente, de forma linear (não, a narrativa histórica não necessariamente precisa ser linear), cada capítulo um álbum.
Mais uns pontos positivos do livro, além da proximidade com o autor, é que ele trás imagens de diferentes períodos da banda, de alguns lugares por onde passaram, capa dos discos.
 O livro tem mais! Gessinger responde àquela pergunta chata, que nenhum artista parece gostar de responder, sobre o nome da banda, tanto o nome "Engenheiros do Hawaii" quanto "Pouca Vogal". Ao final, o livro apresenta letras de algumas músicas e comentários sobre estas letras.
Como se tudo isso não bastasse para fazer deste um livro que vale a pena ser lido, o ponto alto, na minha opinião, é a forma como é narrado. Quem é fã da banda, ou pelo menos ouviu Engenheiros o suficiente para estar familiarizado com o jeito Gessinger de compor/escrever vai, além de ler, ter aquela sensação de poder ouvi-lo falando cada palavra. O modo como ele escreve o livro parece seguir a mesma fórmula. É o "estilo Gessinger" de escrever, perfeitamente identificável.

Deixo com vocês um trechinho do livro:

"Falta de educação desmistificar coisas tão legais? É só minha opinião, e ela não quer hegemonia. Então, viva os festivais! Você não pode perder! Todo mundo vai estar lá! Quem não for é mané! Quem não for é diferente, e todos temos que ser diferentes da mesma forma, na mesma hora, pois somos a juventude, um exército movido a um refrigerante preto que é completamente diferente de outro refrigerante preto que tem o mesmo sabor ." (p.111)



Título: "Pra se sincero, 123 variações sobre um mesmo tema."
Autor: Humberto Gessinger.
Editora: Belas Letras Ltda.
Ano: 2010.

sábado, 6 de julho de 2013

O Morro dos Ventos Uivantes



"...seria degradante para mim casar agora com Heathcliff; por isso ele nunca saberá como eu o amo; e não por ele ser bonito, Nelly, mas por ser mais parecido comigo do que eu própria. Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais, e a do Linton é tão diferente delas como o raio de lua de um relâmpago, ou geada do fogo.”
Para quem tem o primeiro contato com esta brilhante obra, o trecho acima pode parecer o prenúncio de uma linda história de amor, mas não se deixe enganar, assim como na vida real, e isso que torna este livro tão especial, nossos sentimentos não são reflexo direto de nossas ações, mas sim guardamos uma miríade de conflitos, desordens e incertezas. E é exatamente isso que faz desta obra tão singular e maravilhosa, a humanidade dos personagens, a falta dos óbvios antagonismos. Não tem um mocinho, nem mocinha, nem coitadinho nenhum pra torcer, mas sim temos tramas complexas e sentimentos fortes, uma paixão tão forte, tão intensa que resiste até mesmo a morte! Isso mesmo. Curioso? Vamos as explicações necessárias:

O livro foi lançado em 1847, por Emily Brontë e é seu único romance. Emily, que escrevia sob o pseudônimo de Ellis Bell, era poetisa, e era tida pelas irmãs como uma pessoa tímida e reclusa. Cresceu em um vilarejo rural, Yorkshire, ao lado das irmãs Charlotte e Emily e o do irmão Branwell. Charlotte é a escritora de Jane Eyre.
É verdade que me considero uma pessoa equilibrada e sensata, não por viver entre as montanhas e ver sempre as mesmas caras e os mesmos acontecimentos ano após ano: mas porque uma disciplina rigorosa ensinou-me a sabedoria; e li mais que o senhor pode imaginar, sr. Lockwood. Seria impossível encontrar nesta biblioteca um livro que eu não tenha folheado e do qual não tenha aprendido alguma coisa útil; a não ser na estante de livros gregos e latinos, e na dos franceses... mas estes eu sei diferenciar uns dos outros: é o máximo que o senhor pode esperar da filha de um homem pobre.  - O Morro dos Ventos Uivantes.
Emily morreu em 1848, vítima de tuberculose, aos 30 anos. Sua obra é considerada um dos maiores clássicos da literatura mundial.

O livro é narrado por Ellen Dean, que era empregada da casa de Catherine e acompanhou a saga do nosso casal desde a juventude até o final do livro, que começa no começo! Como assim? Ah, claro, eu explico: O livro começa quando o Sr. Lockwood vai até o Morro dos Ventos Uivantes para encontrar Heathcliff adulto, que é dono da Granja Cruz do Tordo, que Lockwood vai alugar e é de onde a história será narrada pela empregada da família de Catherine, Elle Dean enquanto o inquilino adoentado vai ficando a cada momento mais interessado nestes dois protagonistas singulares (e nós também). 
O relato começa quando os dois são apenas crianças e o pai de Catherine chega de uma das suas viagens trazendo consigo um menino que ele "achou" na rua. Se trata de Heathcliff, e todos na casa se referem a ele como um cigano, embora isso nunca seja esclarecido de fato. Porém ele e Catherine estabelecem logo traços de irmandade e carinho, ao contrário do que ocorre com o irmão dela, Hindley Earnshaw, que odeia Heathcliff desde o começo. O Sr. Earnshaw porém ama o menino, e o trata como um preferido, o que provoca sempre ciumes e atos desmedidos de maldade por parte de Hindley , e com a morte do velho, este assume o papel de chefe do lar, delegando ao pequeno Heathcliff uma vida de trabalho árduo no estábulo, onde ele passa a morar, e dali pra frente será tratado como um empregado. A relação dele com Catherine continua intensa, com os dois se tornando adultos as coisas vão se complicando... Quando Catherine conhece Edgar Linton, que é de uma família abastada dona da Granja Cruz do Tordo, começa a ter por ele sentimentos, o que enfurece Heathcliff, que ao confrontar Catherine ouve que o mesmo está embrutecido e é entediante, Catherine acaba se casando com Linton por questões sociais e financeiras. Pois como eu disse, é um livro em que os personagens tem defeitos e falhas de caráter como todos nós, quem aqui não conhece alguém que se casou por dinheiro ou status social? Pra ver que mesmo mais de um século depois, algumas coisas permanecem iguais na sociedade ¬¬. Nosso abandonado Heathcliff que passa a despertar nossos mais sinceros sentimentos de pena some no mundo, e retorna anos depois rico e ainda mais melancólico e taciturno do que nunca. Catherine já está casada com Linton e morando na Granja, e ao reencontrar Heathcliff eles protagonizam inúmeras cenas de amor e ódio, explosões de afeto seguidas de incompreensíveis agulhadas e ressentimentos ecoam em todas as falas. Catherine dá a luz a filha de Edgar, após um tempo morre. E com ela, morre o resto de humanidade do nosso diabólico protagonista. 
Heathcliff então se casa com a irmã de Edgar Linton, Isabella, por vingança, e a maltrata física e psicológicamente, ela foge grávida e tem um filho chamado Linton, que mais tarde terá sua parcela neste complicado enredo. Hindley perde o Morro para Heathcliff no jogo. 

Agora Heathcliff é dono do Morro e senhorio do homem que o maltratou durante toda sua infância, e vai usar todas as armas possíveis para se vingar de Edgar, sua filha, Hindley e seu filho Hareton (que seria herdeiro do Morro se seu pai não tivesse perdido para Heathcliff, que vai lhe dar o mesmo tratamento que recebeu quando criança, tornando-o um bruto ignorante). 

Então Heathcliff é um malvado, desalmado, maldito, traidor, usurpador, etc, etc? Não! Há momentos que a gente ama ele, nos identificamos com sua dor, queremos compartilhar com ele o gostinho da vingança, pois ele está ali, destruindo algumas as pessoas que fizeram mal pra ele, que merecem de certa forma o que estão recebendo. Mas o ódio dele tem proporções enormes, em um maquiavélico jogo que envolve crianças inocentes, tudo por um amor doentio, uma paixão descontrolada, desmedida. 

- Pois que desperte em tormento! – brandou ele com assustadora veemência, batendo o pé e soltando um grito, num súbito paroxismo de cólera incontrolada. – Por que ela mentiu até o fim? Onde está ela? Não está aqui, nem no céu, nem morta! Onde está então? Oh! Disseste que não te importavas que eu sofresse! Pois o que eu te digo agora, vou repetir até que a minha língua paralise: Catherine Earnshaw, enquanto eu viver não descansarás em paz! Disseste que te matei. Pois então assombra-me a existência! Os assassinados costumam assombrar a vida dos seus assassinos, e eu tenho certeza de que os espíritos andam pela terra. Toma a forma que quiseres, mas vem para junto de mim e me enlouquece! Não me deixes só, neste abismo onde não te encontro! Oh! Meu Deus! É indescritível a dor que sinto! Como posso eu viver sem a minha vida?! Como posso eu viver sem a minha alma?!”

A maravilha deste livro está ai, na narrativa maravilhosa, no desenrolar inesperado, no fato de estarmos perdidos durante a leitura, sem aquele "mocismo" para nos salvar da loucura humana que ali está. Loucura sim, e não somos todos um pouco loucos? Este é o legal, ver ali o ciumes, o egoismo, a fraqueza, o amor, a paixão, a maldade, a bondade, tudo isso que todos temos um pouco dentro de nós tão fielmente retratado, sem máscaras e sem limites. Por isso amo Heathcliff, ele é o vilão mais completo que conheço. 

"Mesmo que ele a amasse com todas as forças do seu mesquinho corpo, nem em oitenta anos a amaria tanto quanto eu a amo em um dia. E Catherine tem o coração tão profundo quanto o meu; seria mais fácil o mar caber todo nessa vasilha do que todo amor dela ser monopolizado por ele." Heathcliff.

Agora o filme:

Eu vi o filme de 1992, com Juliette Binoche e Ralph Fiennes (perfeitoooo neste papel), dirigido por Peter Kosminsky. Existem mais adaptações, de 1920, 1939, 1970, uma minissérie de 1978, 1998 e 2011. 
Desconheço as outras versões, mas o filme de 1992 é muito bom e fiel ao livro.

Bem, é isso aí, espero que gostem do meu pequeno resumo. Tenham certeza não vão se arrepender de ler este livro maravilhoso.
Abraço e até nosso próximo café. 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Os Mercenários", ação como nos velhos tempos.


Pra quem esperava uma descrição sobre um filme épico, para que na sequência fosse feita uma crítica amparada em conhecimentos históricos, começo pedindo desculpas, assim deve ser para muitos outros filmes.
O primeiro post sobre filmes dedicarei a este filme de ação que não tem outro intuito a não ser "ação". 
O filme apresenta um roteiro meio clichê, nada inovador. Os Mercenários são os "mocinhos maus" que topam qualquer serviço em troca de grana alta, mas provam que ainda têm alguns valores quando resolvem ajudar a "mocinha" (Giselle Itié, sim, ela mesma! Aquela da novela.). A partir daí, a trama se desenvolve com Os Mercenários lutando contra o ditador da Ilha de Villena, contratados pelo misterioso "Mr. Church" (Bruce Willis). Esta cena, aliás, a melhor do filme, é protagonizada por Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis e apresenta pitadas de ironia em frases como "Ele quer ser presidente".
As cenas são bem empolgantes e para quem é fã dos filmes de ação, o elenco é simplesmente demais (na verdade, o elenco é o grande destaque do filme) e a ação rola desde a primeira cena.


Confira o trailer!

Título original: "The Expendables".
Direção: Sylvester Stallone.
Ano: 2010.
Gênero: Ação.