Já avia feito um post sobre o filme, e este agora é sobre o livro. Minha primeira recomendação é bem simples e direta: caso não tenha visto o filme ainda, leia o livro antes. Parece meio clichê dizer isso, mas é que o filme é bem fiel ao livro, o que tira muito da graça do livro. Pela forma como o autor escreveu a narrativa, o suspense tem que ser preservado. Acredito que o barato do livro está aí. Se já tiver assistido o filme, no meu ver, não será a mesma coisa. Vale ressaltar que ambas as obras são muito boas!
Um fator marcante do livro é o vocabulário "corriqueiro", com expressões como "tetões", entre outas (risos). Outro ponto que me agradou bastante no livro foram as "frases de impacto" que, dentro do clima da história, te deixam arrepiado. Do autor, sei que existem outras obras mas ainda não li nada.
Por fim, recomendo este o livro!
"Somos os filhos do meio da história, criados pela televisão para acreditar que algum dia seremos milionários, astros de filme ou da música, mas não seremos. Estamos entendendo isso agora - Tyler falou - Então não venha foder com a gente" (p.206).
Este é o mais novo filme do Tom Hanks. E se tem o cara é porque o filme não é fraco!
Ponte dos espiões é ambientado no período da Guerra Fria, onde EUA e URSS viviam uma disputa pela hegemonia política e econômica mundial. O período ficou conhecido por "Guerra Fria", porque a disputa se dava em diversos campos mas nunca chegou a um conflito armado de fato. Tinha-se duas propostas de mundos conflitantes: Capitalista x Socialista.
Neste cenário de disputas, a utilização de espiões (de ambas as partes) era algo comum.
Tom Hanks interpreta James Donovan, o advogado que será responsável por fazer a defesa de um espião russo capturado e levado a julgamento nos EUA. Sabendo que dificilmente seu cliente será absolvido, Donovan luta pela manutenção da vida do réu.
Paralelamente, um piloto norte americano é capturado enquanto tentava fotografar o território russo. Surge aí a possibilidade de fazer uma troca entre prisioneiros. O local marcado para as negociações será a Alemanha Oriental, o lado soviético alemão. Neste local também será feito prisioneiro um jovem estudante americano.
Apesar do governo americano só estar interessado na volta de seu espião, Donovan só aceita fazer a troca pelos dois americanos. Para isso, terá de usar habilidade para estabelecer as negociações entre norte-americanos, russos e alemães-orientais. Um erro seu pode ser o começo de uma guerra!
"La rafle" narra, de forma bem linear, a tristeza vivida pelos judeus franceses durante a presença alemã na França dos anos 1940. O filme vai desde as primeiras medidas anti-judeus, as tomadas de decisões até a libertação dos judeus sobreviventes dos campos de concentração. Tudo isso sob a perspectiva das crianças.
O filme toca em vários pontos que realmente aconteceram. A progressiva segregação dos judeus dando-se através de vários acontecimentos: a obrigatoriedade do uso da "Estrela de Davi" costurada as roupas para diferenciar os judeus, a demissão de judeus dos órgãos públicos, a proibição de frequentar espaços públicos, como bares, restaurantes, etc. até a invasão dos lares judaicos, a separação das famílias e as deportações para os campos de concentração.
No elenco, Jean Reno e Mélanie Laurent (a Shoshanna, de Bastardos Inglórios). Em português, o título do longa é "Amor e Ódio".
Trailer:
Título: "La rafle".
Direção: Rose Bosch.
Ano: 2009/2010.
Gênero: histórico, drama
Watchmen é um filme, como muitos dos filmes atuais, baseado em um HQ de mesmo nome. O longa trás a história de um grupo de heróis, que detinham grande prestígio social, mas que ao longo do tempo, principalmente após a proibição de heróis mascarados, foi se desfazendo e cada tomando um caminho diferente.
Cada personagem tem características próprias, são extremamente humanos, com vidas banais e atitudes nada "heroicas".
Eles resolvem se reunir novamente após a morte de Comediante, um dos membros do grupo com atitudes mais controversas. A desconfiança é de que há um assassino de heróis mascarados. Quem toma a iniciativa de investigar é Rorschach. Um dos (anti) heróis que tem seu nome de batismo porque sua máscara é como aquele teste psicológico dos "borrões de tinta", desenvolvido pelo psiquiatra Hermann Rorschach.
Uma das grandes sacadas, tanto dos quadrinhos quanto do filme, é a inserção dos personagens na História. Logo na abertura se vê a ação dos heróis em eventos históricos marcantes, ou seja, a história é recontada como se as coisas tivessem acontecido com a atuação deles. Para deixar tudo mais legal, a trama se desenrola tendo como pano de fundo as tensões entre Estados Unidos e União Soviética no período da Guerra Fria.
Seguem os trailers, um deles legendado mas com a qualidade mais baixa.
Mark Bellison é um homem de 40 anos de idade, frustrado profissionalmente e sem muita sorte para conseguir um relacionamento com o sexo oposto. Desempregado, sem dinheiro e sexualmente infeliz, Mark vive numa sociedade onde todos falam a verdade de forma direta e extremamente sincera.
Quando sua mãe está a beira da morte e triste pela forma como tudo acaba, Mark vê o sofrimento dela e quer dar a mãe uma perspectiva melhor e que a deixe feliz, a promessa de uma vida melhor após a morte. Assim surge a mentira.
A partir daí, Mark descobre toda uma gama de novas possibilidades que a mentira lhe trará, ajudando-o tanto nos problemas financeiros quanto amorosos.
No entanto, como nem tudo são flores, Mark enfrentará uma série de problemas. Com seus conhecimentos sobre a vida após a morte, Mark fará surgir, praticamente, uma religião.
O filme é uma comédia com boas sacadas, como uma propaganda da Pepsi escrita "Pepsi, para quando não tem Coca-Cola"; e também traz essa importante reflexão sobre o surgimento da religião.
É uma boa dica de uma comédia muito legal e com uma boa dose de conteúdo!
Este livro foge de tudo que já li. É um livro que se baseou no famoso jogo da Capcom, Resident Evil.
A história começa com estranhos assassinatos acontecendo na floresta de Raccon City, próximo da misteriosa mansão da Umbrella Corporation. A cidade de Raccon passa a viver com medo crescente por causa do número de mortos que não para de crescer. Para solucionar o problema, é chamado o grupo militar de elite conhecido como S.T.A.R.S.
A equipe S.T.A.R.S. é dividida em dois grupos. O grupo Bravo vai na frente enquanto os Alpha ficam aguardando na base. No entanto, próximo a área da mansão perde-se contato com o helicóptero da Bravo. Os Alphas partem então em socorro aos Bravos. Logo após aterrizarem na floresta, o grupo é atacado por um grupo de cães extremamente agressivos, o piloto de seu helicóptero foge com o mesmo e o grupo sai em disparada na direção da mansão. Assim que adentram a mansão o grupo se dividi para começar as buscas pelos colegas da Bravo. No entanto, a equipe acaba se dispersando e perdendo o contato. A partir daí você acompanhará Barry e Jill de um lado e Chris e Rebecca de outro numa busca pelos colegas e também por jeito de sair da mansão. Atrás de cada porta um mistério e a história da Umbrella sendo desvendada.
No meu ponto de vista a história é muito boa, poderia ter sido mais desenvolvida. O enredo tem potencial e te prende. No entanto, como o livro se baseia no jogo, a história se mantém presa e tem que se manter fiel ao game. O resultado disso é uma narrativa extremamente descritiva. Pra mim que não joguei o game, as descrições de localização só fizeram a história ficar chata. Segundo um amigo que jogou, entretanto, o livro é um grande "detonado" e ajuda muito quem está jogando, dando sentido a narrativa. Outro ponto negativo é que a edição que li deixa difícil de perceber a troca de histórias que estão se desenvolvendo paralelamente. Depois de um espaçamento quase imperceptível, você já não está mais com Jill e Barry e sim com Chris e Rebecca.
Título: Resident Evil - A conspiração de Umbrella.
Autor: Stephani Danelle Perry.
Editora: NewPop Editora.
Ano: 2012.
Tudo começa com a busca de um escritor por uma boa história. Tudo começa quando ele chega a Índia e se depara com uma história que o fará crer em deus novamente.
As Aventuras de Pi narra a história de um jovem indiano da cidade de Pondicherry, filho do dono do zoológico da cidade.
Desde o batismo até sua chegada ao Canadá, Pi enfrenta vários desafios. A começar pelo seu próprio nome. Piscine Molitor Patel foi assim batizado em homenagem a Piscina Molitor que, segundo o tio, era melhor piscina que existia. Pela proximidade sonora de "Piscine" com "pissing" ("mijando", em inglês), Pi tem que aguentar o apelido de Pipi, na escola. Até que, no ano seguinte, durante as apresentações dos alunos no começo do ano, Piscine se apresenta como Pi (3,14, aquela letra grega que nós usamos nos cálculos de matemática).
Pi também apresenta uma peculiar relação com a religiosidade. O menino que, por ser indiano, já possui um contato maior com o hinduísmo, irá conhecer o cristianismo e o islamismo. Maravilhado com as todas as religiões, Pi adota as três e passa a frequentar com regularidade todos os cultos.
A vida de Pi dará uma guinada quando, por mudanças políticas dentro da Índia, o pai decide fechar o zoológico e ir com a família para o Canadá. O que ninguém esperava era que o cargueiro "Tsimtsum" fosse naufragar, e que Pi acabaria num bote com uma hiena, uma zebra, uma orangotango e um tigre-de-bengala!
O resto da história relata o dia a dia de Pi e sua luta diária pela sobrevivência, as surpresas do mar, as busca por comida e água, até a sua chegada ao México, quando ele e Richard Parker se separam.
Digno de nota, é o suposto plágio de Yann Martel à obra do escritor brasileiro Moacyr Scliar. Martel teria se baseado na ideia da obra "Max e os felinos", que trás em seu enredo justamente a história de um menino que, após um naufrágio, fica preso num bote com um jaguar. Plágio ou inspiração, fato é que Yann Martel faz um agradecimento a Scliar no prefácio de seu livro.
Quanto ao filme, quem leu o livro vai notar algumas diferenças significativas. A cronologia das cenas não seguem exatamente a sequência do livro, mas nada que altere o significativamente a história.
Na parte que narra o contato de Pi com as religiões, de todas as três, o islã é a que recebe menos atenção no filme.
Dos méritos do longa, vale ressaltar a boa atuação do protagonista Suraj Sharma, os efeitos visuais que impressionam e a belíssima fotografia.
Confesso que não tinha compreendido bem o final do livro, mas ao ver o filme as coisas ficaram mais claras.
Recomendo a leitura do livro e assistir o filme em alta qualidade, pois este é um longa que impressiona pela beleza das imagens.
Resolvi começar as postagens de 2015 com uma retrospectiva de 2014. Gostaria de ter feito isto antes mas não foi possível (leia-se "preguiça").
2014 foi um ano bom, apesar de não ter feito muitas leituras. Li, ao todo, seis livros, sendo que, destes seis, cinco viraram postagens, Apenas "Inferno", do Dan Brown ainda não virou, mas pretendo postar algo. O sétimo livro eu comecei e não acabei. Pra quem já percebeu o link do skoob ali do lado, sabe que estou lendo "As aventuras de Pi", um livro incrível(!) e que em breve vai figurar entre os posts.
Posso dizer que foram boas leituras, e que pelo menos dois deste livros fazem parte dos meus favoritos: "A menina que roubava livros" e "O diário de Anne Frank".
Dos filmes, daria destaque especial ao "Diários de motocicleta", pela narrativa emocionante e pela bela fotografia, e ao "Uma mente brilhante", também pela emocionante história contada pelo longa.
Em 2014 fiz bastante aquisições de livros, e ganhei alguns também, o que deu uma boa expandida na minha biblioteca. Segue abaixo um print com os meus livros até o momento (alguns deles foram adquiridos já este ano).
