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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Machete... Entre a comédia e a ação.


Este é um filme que foge aos padrões.
Machete é um longa que, na minha opinião, orbita entre estes dois gêneros do cinema: comédia e ação. Ele é claramente um filme de ação, não há dúvida quanto a isso. Mas são justamente as cenas de ação que possibilitam boas risadas desde o princípio do longa.
As cenas são totalmente escrotas, envolvendo cabeças que rolam e sangue jorrando pra todo lado. O filme não se esforça para ser bom. Não quer ser uma obra-prima do cinema, pelo contrário. As cenas não têm a menor preocupação em "fazer sentido". O que você diria sobre saltar pela janela de um prédio pendurado pelo estômago de alguém?
Talvez um dos pontos mais engraçados seja quanto ao protagonista. Danny Trejo finalmente sai da eterna posição de figurante e torna-se  protagonista. Mas ainda continua sem muitas falas...
Perdido entre a comédia e a ação, a trama toca num ponto importante que é a questão da imigração na fronteira entre o México e os EUA. Reside aí um dos pontos mais que positivo do filme.
O elenco não decepciona, contando com Steven Seagal, Robert De Niro, Jessica Alba, Lindsay Lohan, Michelle Rodriguez e outros.
Sem mais, encerro aqui. Afinal... "Machete don't text"





Título original: "Machete".
Direção: Robert Rodriguez.
Ano: 2010.
Gênero: ação.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

The Notebook, meu clichê de coração.



Há filmes que servem para determinado propósito, seja adquirir a adrenalina de um filme de ação cheio de efeitos especiais, chorar litros com dramas históricos baseados em fatos reais, relaxar e rir com uma boa comédia ou, como no caso do filme que nomeia o post, rechear nossos corações descrentes com mais puros sentimentos. Confesso que passei tempos por este filme, ainda quando ia na locadora todos fins de semana na esquina da casa dos meus pais, selecionar dois ou três dvds para assistir, sendo esta a melhor opção entre todas as incontáveis fontes de lazer juvenil em uma cidadezinha pequena, e nunca me interessava por ele, creio até que deliberadamente ignorava o pobre filme. Até que um dia por acaso eu resolvi quebrar este tabu e adquiri o tal filme. Resultado: Amor a primeira assistida!
É clichê sim, açucarado, idealizado e tudo mais que nossas mentes românticas femininas secretamente anseiam de vez em quando, ou sempre, quem sabe? Sei que me apaixonei por Noah e Allie, e a ingenuidade do amor de dois jovens na década de 40 (destaque para o figurino maravilhoso do filme). Eles que são de classes sociais distintas, de universos totalmente diferentes, mas que se conhecem quando a família de Allie resolve passar o verão em sua mansão no interior vivem um lindo romance, porém os pais dela ao suspeitar que aquele sentimento poderia ser maior que um simples namoro de verão, logo partem para a cidade grande, a mãe de Allie intercepta as cartas que Noah escreve durante um ano (365 cartas, deleite pras moças sonhadoras), fazendo com que eles pensem que um esqueceu do outro durante anos, mas claro que o filme, em suas reviravoltas mirabolantes fará com que se encontrem novamente. Há inúmeros detalhes lindos no filme, a casa que Noah constrói exatamente como Allie e ele conversaram quando jovens, voltas em uma canoa rodeados de cisnes brancos, juras de amor, intempéries e tudo mais que um bom romance pode oferecer.
Há também o livro, que na verdade é a origem do filme, de mesmo título, autoria de Nicholas Sparks, super conhecido autor de romances que viram filme, como Meu querido John (lindo), Um Amor pra Recordar (lindo) e Safe Heaven (meio, meio). O livro, na minha opinião, não é metade do que é o filme, caso raro. Talvez dada a ótima atuação de Rachel McAdams e Ryan Gosling e ainda mais dos maravilhosos Gena Rowlands e James Garner, que interpretam o casal quando idosos. Rachel e Ryan inclusive se apaixonaram na "vida real" e namoraram durante um bom tempo. 
Bem, pra quando a alma da gente chora por um pouco de romance ideal, lindo, quase um conto de fadas, este filme certamente cai como uma luva!



Título Original: The Notebbok
Ano de lançamento: 2004
Título nacional: Diário de uma Paixão
Gênero: Drama, romance
Direção: Nick Cassavetes
Nacionalidade: EUA

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"O ano em que meus pais saíram de férias" Futebol e Ditadura no Brasil dos anos 70.



Este é um dos meus filmes favoritos e, pelo menos para mim, um dos melhores filmes nacionais.
A trama se desenvolve no ano de 1970, durante o período da Ditadura Militar. Mauro é um menino de 12 anos, filho de militantes de esquerda. Seus pais, com medo da repressão imposta pelo regime ditatorial, resolvem "tirar férias" por tempo indeterminado. Assim sendo, Mauro se vê obrigado a se separar dos pais e passa a viver no Bom Retiro, bairro de São Paulo. Ele será deixado com seu avô, mas acabará sobre a tutela de Shlomo, um senhor judeu morador do mesmo prédio de seu avô com quem estabelecerá uma relação nem sempre amigável.
O ano de 1970 também é ano de Copa do Mundo. Mauro passará os dias dividido entre a espera pela volta dos pais, a nova realidade que o cerca e a alegria pelo desempenho da seleção brasileira na Copa.
É interessante notar como a mudança na vida do garoto está ligada à conjuntura política do país.
Olhando para a história do país, o final da década de 60 e os primeiros anos de 1970 serão o de maior repressão aos opositores da Ditadura Militar, sobretudo após o AI-5, decreto que aumentou significativamente os poderes do governante. A partir daí o país verá se desenvolver uma perseguição violentíssima aos opositores do regime. Paralelamente, o "milagre econômico", período de crescimento econômico do país (no final dos anos 60 e início dos anos 70), a conquista da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira e outras festividades serão utilizadas pelo governo para sua autopromoção e tentativa de encobrir as ações violentas contra a oposição.
Vale lembrar que os meios de comunicação eram controlados pelo governo, e a atuação da  censurada buscava barrar qualquer propaganda que fossem contra o regime.
 Emocionante, o filme te convida a sentir, de forma lúdica, a dicotomia social de então.
Enfim, é um ótimo filme pra quem se interessa pela temática!
Bom café!




Direção: Cao Hamburguer.
Ano: 2006.
Gênero: drama.