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Esta é uma obra que se mantém atualizada até os dias de hoje, mesmo tendo sido escrita em 1516 sob o título "De optimo reipublicae statu decque nova insula Utopia". O caráter de sua originalidade se deve as ideias socialistas apresentadas por Morus e que ainda hoje são discutidas.
Morus explica que o livro é o relato puro e simples do que lhe foi contado por Rafael Hitlodeu (personagem fictício) que teria visitado a ilha de Utopia.
Detalhe interessante da obra, é que Morus está escrevendo no período em que ocorrem os grandes descobrimentos e a ilha de Utopia está localizada no novo mundo, ele só esqueceu de perguntar a Hitlodeu a localização exata.
Morus usa sua obra para fazer uma crítica a sociedade inglesa de então: em Utopia, ressalta ele, só se trabalha o suficiente para produzir o que é realmente necessário. Bem ao contrário das condições de trabalho na Europa de então. Por ser cristão, concebe a sociedade de Utopia nos moldes cristãos: a sociedade utopiana se apresenta monogâmica; suicidas não tem direito a um velório descente; não existem jogos de azar, etc.
Morus traz uma série de ideias que seriam mais tarde discutidas por socialistas. Em Utopia os bens são coletivos e não existe a propriedade privada, nem a polícia e não existe a moeda. Morus ainda faz críticas a punição severas dos ladrões. Segundo a obra, em vez de uma pena severa, deveria-se fornecer os meios pra que o criminoso não precisa-se roubar.
Enfim, procurei elencar aqui algumas das muitas ideias apresentadas por Morus em sua concepção de uma sociedade perfeita. Acima destas ideias, o livro vale a pena ser lido por nos permitir vislumbrar uma organização social diferente. Um mundo diferente é possível.
Título: "Utopia".
Autor: Tomás Morus.
Editora: L&PM.
Ano: 2001.