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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Che, El argentino.
Este filme é uma boa pedida pra quem se interessa sobre a Revolução Cubana, ou sobre a figura do próprio Ernesto Guevara, "El Che".
O filme começa com o encontro, no México, entre os dois homens que seriam as lideranças da Revolução Cubana: Che Guevara e Fidel Castro.
Antes disso, e que não faz parte da narrativa do filme, Fidel tenta invadir o quartel de Moncada, no dia 26 de julho de 1953. A ação era contra o ditador Fulgencio Batista, que havia tomado o poder através de um golpe militar. Fracassada a tentativa de Fidel e seus companheiros de tomar o poder, este é preso e posteriormente exila-se no México onde encontrará com Che e organizará a Revolução. Durante o convívio no México, um apelo de Che: que a Revolução se estenda para além das fronteiras de Cuba.
A partir deste encontro é que se desenvolve a trama.
A narrativa se desenvolve em dois tempos. Primeiramente, com as cenas de guerrilha traçando o avanço e a postura de Che enquanto guerrilheiro, a adesão popular a luta armada e, algo que é bem interessante de ser observado, o filme faz menção a uma luta paralela a dos revolucionários, que se desenvolvia na cidade, mas também em oposição ao regime de Fulgencio Batista.
O "segundo tempo" do filme é o das entrevistas concedidas por Che aos órgãos de imprensa do mundo todo, incluindo um pronunciamento à ONU.
Che é uma figura controversa, amado por muitos e odiado por outros. Sua imagem foi imortalizada na famosa foto de Alberto Corda.
Guerrillero Heroico, de Alberto Korda. |
Título original: "Che: part one".
Direção: Steven Soderbergh
Ano: 2008
Gênero: biografia, guerra.
domingo, 18 de agosto de 2013
Mississipi em Chamas - Mississipi Burning - Sobre ódio e segregação.
O filme se passa em uma pequena cidade do Mississipi, onde membros da Ku Klux Klan estão perseguindo e matam dois ativistas civis brancos que saiam da cidade com um negro.
Dois agentes do FBI são mandados para investigar a situação e se deparam com uma cidade dividida pelo ódio.
O filme me deixou nervosa, irritada, comovida, triste e impaciente, tudo ao mesmo tempo. Explico: Trata-se de um filme sobre uma pequena cidade do Mississipi, que sistematicamente segrega seus habitantes negros, onde eles tem lugar separado para comer, para tomar água e para morar. Nesta cidade há membros da Ku Klux Klan, que começam a perseguir ainda mais os negros depois que o FBI começa as investigações. O filme é baseado em uma história real, e todos sabemos que nos EUA a segregação racial foi muito forte, principalmente no sul do país. O que no filme é um pouco exacerbado é o heroísmo dos agente do FBI, que segundo relatos, ao contrário do que aponta o filme, eram permissivos com os abusos sofridos pelos negros e há relatos de que assistiram a espancamentos na rua sem ao menos interferir.
O que choca é a brutalidade, eu como negra, fico pasma com tamanho ódio, com o tanto de sofrimento que estas pessoas eram submetidas constantemente, como animais, morando em casebres afastados, condenados a pobreza e ao descaso. Uma frase do filme descreve bem o sentimento de ambos os lados:
“Você não nasce com o ódio. Ele é ensinado. E, aos sete anos de idade, depois de usarem até a Bíblia para justificar, você acredita em tudo que disserem.”
Depois de uma vida sendo tratado como inferior, não é difícil acreditar que você realmente é.
Premiações:
Oscar 1989 (EUA)
Venceu na categoria de Melhor Fotografia.
Indicado nas categorias de Melhor Ator (Gene Hackman),
Melhor Atriz Coadjuvante (Frances McDormand),
Melhor Direção, Melhor Edição,
Melhor Filme do Ano e
Melhor Som.
Globo de Ouro 1989 (EUA)
Indicado nas categorias de Melhor Diretor - Cinema,
Melhor Filme - Drama,
Melhor Atuação de um Ator em Cinema - Drama (Gene Hackman) e
Melhor Roteiro - Cinema
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